O que são dividendos e como ganhar dinheiro com eles?
- jaislaine Olgin
- 14 de mai. de 2024
- 13 min de leitura
Atualizado: 24 de fev.
Você deseja fazer seu dinheiro render mais ou viver de renda passiva no futuro? Então, saber o que são dividendos é fundamental. Confira como recebê-los!
O investimento em ativos que geram bons dividendos costuma ser atrativo para aqueles que buscam resultados melhores no mercado financeiro — principalmente, para quem deseja viver de renda passiva. Mas, para investir em ativos relacionados a eles, é necessário saber o que são dividendos e como recebê-los.
Desse modo, é possível criar uma estratégia de investimento que gere ganhos recorrentes para complementar a renda ou mesmo gerar independência financeira. Por isso, vale a pena compreender os principais detalhes sobre esses proventos e como você pode aproveitá-los.
Quer ficar por dentro do assunto? Neste artigo, você entenderá mais sobre o que são dividendos e como ganhar dinheiro com eles.
Aproveite a leitura!
O que são dividendos?
Os dividendos são proventos que representam uma parcela do lucro líquido de uma empresa ou fundo e que é distribuída entre seus sócios e investidores, como acionistas e cotistas. Para entender melhor, imagine que você efetuou a compra de certo número de Ações de uma empresa.
Com essa movimentação, você se tornou um acionista da companhia e está exposto aos seus resultados. Agora, considere que a organização alcançou bons resultados em determinado período, obtendo lucro líquido positivo. Ela pode optar por distribuir parte desses recursos entre seus investidores, de maneira proporcional à quantidade de ações que cada um possui. Assim, você poderá fazer parte da distribuição de proventos.
Como esses recursos são gerados sem que você precise realizar um esforço ativo, os dividendos são considerados uma fonte de renda passiva. Esta é a grande diferença dos ganhos obtidos com o seu emprego, que são considerados uma fonte de renda ativa, pois depende de suas horas trabalhadas.
Quais investimentos pagam dividendos?
No mercado financeiro, cada alternativa possui suas próprias características de funcionamento. Logo, nem todos os investimentos fazem o repasse de dividendos aos seus investidores.
Com a Carteira Recomendada de Dividendos do BTG Pactual, você investe em empresas adequadas para compor uma estratégia de dividendos robusta e rentável de forma facilitada, já que a seleção dos papéis é feita pelo time de especialistas do Banco.
Confira quais ativos podem gerar esse tipo de renda passiva para você!
Ações
As Ações estão entre as alternativas mais populares do mercado financeiro para investidores — em especial, entre aqueles que desejam receber dividendos. Como você viu, o investimento nelas possibilita que você se torne sócio de empresas listadas na bolsa de valores no Brasil.
Nesse cenário, o repasse de capital poderá acontecer referente aos períodos em que a empresa registrar lucro líquido. Se isso fizer parte do planejamento da organização, ela pode optar por distribuir o dinheiro na forma de dividendos para os acionistas.
Contudo, cada empresa tem autonomia para definir, em seu estatuto, qual será a frequência dos repasses (no mínimo anual) e o percentual do lucro a ser dividido entre os investidores. Portanto, é importante fazer essa análise sobre a companhia antes de avançar com o investimento.
Geralmente, as organizações que mais pagam dividendos são aquelas de maior porte e operação consolidada, que normalmente possuem maior liquidez de negociações na bolsa . No caso de companhias em estágio de crescimento, é comum que os lucros sejam reinvestidos na operação, visando o crescimento, o que diminui a probabilidade de distribuição de dividendos.
Fundos Imobiliários
Também negociados na B3, os Fundos Imobiliários (FIIs) possibilitam o recebimento de dividendos. Como o nome sugere, eles são um tipo de Fundo de Investimento focado em ativos do mercado de imóveis.
Os FIIs podem investir diretamente em empreendimentos imobiliários, como prédios, shoppings e condomínios — são os chamados fundos de tijolo. Já os fundos de papel priorizam títulos do setor na carteira, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), enquanto os fundos de fundos adquirem cotas de outros FIIs.
Diferentemente do que acontece com as Ações, os FIIs são obrigados a distribuir 95% do seu lucro líquido em forma de dividendos, pelo menos, a cada 6 meses. O recebimento será proporcional à quantidade de cotas de cada investidor. Com o desenvolvimento da indústria de FIIs, observa-se que a grande maioria paga dividendos de forma mensal, o que se tornou um grande atrativo para os investidores da bolsa brasileira. Em maio de 2023, houve um salto de 30% no número de compradores neste mercado, totalizando 2,16 milhões de investidores.
BDRs
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) ou certificados de depósitos de valores mobiliários são ativos lastreados em investimentos fora do Brasil. Neste caso, uma instituição depositária brasileira faz as operações no mercado internacional.
Depois, os certificados são emitidos com lastro nos ativos estrangeiros e disponibilizados para negociação na B3. Portanto, os BDRs são uma alternativa para fazer investimentos internacionais sem sair da B3. Eles podem ser lastreados em Ações, títulos de Renda Fixa, cotas de Exchange Traded Funds (ETFs) e outras possibilidades.
Caso a empresa ou fundo internacional distribua lucros aos seus investidores, os donos de BDR na B3 poderão receber uma quantia proporcional desses resultados. Como os recursos vêm de fora do país, os dividendos podem ser dolarizados — embora o recebimento seja em reais.
No entanto, vale a pena destacar que cada país tem regras de funcionamento distintas em seu mercado financeiro — e isto pode incluir a tributação de dividendos. Logo, esses pagamentos podem sofrer descontos antes de chegarem até você.
Por fim, existem outros investimentos que podem fazer essa distribuição, como o Fiagro (Fundo de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais). Ainda, a partir de 2023, foi permitida a emissão de ETFs brasileiros que paguem dividendos.
Os dividendos são tributados?
No mercado de investimentos, é comum que diversas aplicações e ativos sejam tributados. Porém, em relação aos dividendos, um dos principais destaques é que eles são isentos de recolhimento de Imposto de Renda (IR) quando o repasse é feito por Ações e Fundos Imobiliários — desde que cumpridos os requisitos.
Já quando os dividendos são gerados a partir do investimento em BDRs, existem alíquotas que incidem sobre as quantias pagas mensalmente . Elas são progressivas e variam conforme o montante que o investidor recebeu.
Veja a tabela de alíquotas que era válida no começo de 2023:
recebimento de até R$ 1.903,98 na forma de dividendos: isento;
R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65: 7,5%;
R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05: 15%;
R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68: 22,5%;
acima de R$ 4.664,68: 27,5%.
Quando a tributação ocorre fora do Brasil, pode ser que você consiga uma compensação do Imposto de Renda. A possibilidade existe quando há acordos entre os países para evitar a bitributação dos investidores brasileiros .
Quando os dividendos são pagos?
Os dividendos costumam ser pagos de acordo com a configuração de cada empresa. Logo, não existe um padrão ou uma regra para todo o mercado. Entretanto, as distribuições podem acontecer de forma mensal, trimestral, quadrimestral, semestral ou mesmo anual.
Nesse cenário, ainda existem empresas que não seguem essa periodicidade e realizam os pagamentos sem adotarem um padrão. É necessário ressaltar que essa distribuição só é feita após as análises de resultado e consolidação de lucro líquido no período. Sem resultados positivos, o pagamento não ocorre.
O resultado dessa análise serve para determinar os dois fatores principais do pagamento: quanto e quando ele ocorrerá. Após a definição dessas questões, o processo referente ao pagamento deve ser protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em seguida, ocorre um anúncio público sobre o pagamento, que é chamado de fato relevante. O anúncio é feito para os acionistas daquela empresa ou cotistas do fundo na data determinada. Você pode obter as informações na área de relações com investidores ou em sites especializados que reúnem dados sobre o mercado financeiro.
Como é o calendário de distribuição de dividendos?
Na hora de investir em ativos que pagam dividendos, existem datas especiais que o investidor deve ficar atento. A data de anúncio é o dia em que a instituição avisa ao mercado financeiro que realizará pagamento de dividendos para os investidores — também informando o valor a ser distribuído.
É necessário citar também a Data-Com, ou “data com dividendos”, que é a data limite até a qual o investidor precisa possuir ações da empresa e que serve como referência para o pagamento dos proventos. Como ela funciona como data de corte, apenas os acionistas que tenham posição até o fechamento do pregão desse dia terão direito a receber os dividendos que serão pagos.
Já a Data-Ex é o dia útil seguinte à Data-Com. Assim, quem comprar ações a partir desse dia não terá direito a receber os dividendos pagos nesse anúncio feito pela empresa, apenas nas próximas vezes (caso respeitem esse rito da Data-Com e Data-Ex).
O dia do pagamento é quando o montante será efetivamente creditado na conta do investidor, cumprindo o último passo da distribuição de dividendos.
Para ilustrar, imagine que a companhia X anuncia, no dia 23 de maio, que pagará R$ 1 por ação em dividendos para seus acionistas, referentes às posições do dia 1 de junho, e que esse pagamento acontecerá no dia 10 de junho. Neste caso, essas seriam as datas:
Data de Anúncio | Data-Com | Data-Ex | Data de Pagamento |
23 de maio | 1 de junho | 2 de junho | 10 de junho |
Por que investir com foco em dividendos?
Investir em alternativas que realizam o pagamento de dividendos pode ser vantajoso para diversas estratégias — além de possibilitar a diversificação da carteira de investimentos. A seguir, veja quais são os motivos para investir com foco em dividendos!
Ampliar sua rentabilidade
Ao escolher ativos que pagam mais dividendos ou com mais frequência, você pode ampliar a rentabilidade dos seus investimentos. Isto acontece porque os dividendos podem acelerar o seu acúmulo de resultados e de recursos.
Ou seja, você não precisa contar apenas com a valorização do investimento para lucrar. Com a renda passiva, você pode melhorar suas perspectivas de retorno, ter mais recursos para novos investimentos e acelerar a construção de patrimônio.
Criar uma fonte de renda passiva
Os dividendos também podem ajudá-lo a criar uma renda passiva, o que costuma ser atraente para investidores com diversos planejamentos e objetivos. Ao investir utilizando essa estratégia, é possível ampliar o seu capital para futuras movimentações e obter um rendimento mais frequente.
Apesar de não haver previsibilidade ou garantias quanto ao recebimento desses proventos, eles podem servir para complementar a sua renda. No longo prazo, podem ajudá-lo a melhorar o seu padrão de vida.
Inclusive, ao dispor de um maior volume de capital, com a renda familiar complementada ou totalmente abastecida, pode se tornar viável realizar uma aposentadoria antecipada ou garantir uma diminuição nas horas de trabalho.
O investimento que gere dividendos também pode ser utilizado para ajudar na concretização de objetivos e sonhos. Afinal, com maior acúmulo de resultados, tende a ficar mais fácil realizar os seus planos.
Ficar mais próximo da independência financeira
Obter renda passiva o deixa um passo mais próximo da independência financeira. Afinal, é nesse momento em que sua renda obtida passivamente consegue cobrir o seu custo de vida. Com isto, você já não depende de fontes de renda ativa, como o trabalho.
Alcançar a independência é, normalmente, um objetivo de longo prazo. Antes, você pode conquistar a liberdade financeira, que acontece quando você já tem mais autonomia e flexibilidade para decisões que envolvam suas finanças.
Como é possível viver de dividendos?
Chegando até aqui, você já conferiu as principais características dos dividendos e como eles podem ser vantajosos. Nesse ponto, é natural se questionar se é possível viver de dividendos. Como você viu, essa é uma possibilidade, devido à composição de renda passiva e do alcance da independência financeira.
Confira o que fazer para atingir esse objetivo!
Analise as alternativas
Para construir uma renda passiva a partir dos dividendos, é essencial estudar o mercado financeiro e suas alternativas disponíveis. Essa fase inicial é imprescindível porque você precisará analisar as empresas e fundos, bem como suas perspectivas para distribuição de lucros.
Nesse momento, o ideal é fazer uma análise fundamentalista, considerando os indicadores financeiros mais relevantes da companhia ou do fundo. Também é importante entender como ocorre a distribuição de dividendos — ainda que o resultado passado não garanta performance futura.
Ao analisar o ativo, vale dar atenção a indicadores específicos, como o dividend yield (DY). Este indicador é um dos mais utilizados para calcular a relação entre os dividendos pagos por Ação e a cotação do papel. Então, ele serve para identificar companhias que são boas pagadoras de proventos.
Mas, apesar de o DY ser um indicador útil, você não deve usá-lo como fonte única de análise. É necessário examinar a qualidade dos ativos que compõem os Fundos Imobiliários ou olhar para as empresas, entendendo como elas originam suas receitas, por exemplo. Há diversos outros indicadores fundamentalistas que colaboram para garantir uma análise mais completa.
Além disso, saiba que o processo deve acontecer com empresas do mesmo setor, caso você use múltiplos de avaliação para comparar ações. Do contrário, você poderá tomar decisões equivocadas para sua carteira.
Pense no longo prazo
Para investir com o objetivo de receber dividendos, é interessante manter o foco no longo prazo. Isto acontece porque é vantajoso considerar horizontes amplos de tempo, de 5 anos ou mais, para o recebimento desses proventos.
Com prazos maiores, você diminui a exposição à volatilidade de curto prazo, as empresas podem amadurecer e se fortalecer e o acúmulo de dividendos pode ser maior. Para tanto, é possível recorrer a estratégias como o buy and hold.
Ela consiste na compra de ativos com o objetivo de mantê-los na carteira por longos períodos. Nesse cenário, o investidor acredita que a companhia pode se desenvolver no intervalo ou continuar apresentando resultados sólidos para distribuir lucros.
Faça aportes regulares
Realizar investimentos regulares é um dos caminhos mais importantes para potencializar os seus resultados no mercado financeiro — não apenas quanto ao recebimento de dividendos. Essa estratégia também pode ser atrativa para quem tem menos recursos disponíveis para investir, por exemplo.
O objetivo dos aportes frequentes é fazer novas movimentações de modo periódico, ampliando o capital investido. É o que acontece se, em todos os meses, você separar uma quantia fixa do seu salário para investir.
A partir desses aportes recorrentes, você favorece o acúmulo de capital no longo prazo, mesmo começando com pouco dinheiro. Ainda, você poderá comprar mais ativos — como ações e cotas — e receber mais dividendos em eventuais processos de distribuição.
Reinvista rendimentos
O lucro resultante de investimentos, como é o caso dos dividendos, pode funcionar para aumentar a sua capacidade de aporte no mercado financeiro. Ao converter os seus ganhos iniciais em novos investimentos, você pode fortalecer sua carteira e ter chances de obter uma renda futura maior.
Por exemplo, considere que você está iniciando uma estratégia com foco em dividendos para alcançar a independência financeira em 10 anos. Para tanto, foi definida uma quantia para investir todos os meses no mercado.
Conforme os primeiros retornos chegam à sua carteira, é possível usá-los para complementar os seus aportes frequentes. Isto significa que você poderá ampliar as suas posições de maneira mais rápida, expandindo o potencial de retorno no futuro.
Aqui, é válido ressaltar que esse reinvestimento não deve, obrigatoriamente, ser direcionado apenas aos ativos geradores de dividendos. Também é possível recorrer a outras oportunidades para diversificar a carteira, como ativos que, apesar de não serem bons pagadores de dividendos, possuem uma grande expectativa de valorização, lembrando sempre de estar de acordo com o seu perfil de investidor e objetivos.
Acompanhe o mercado
Para aumentar suas chances de ter uma renda passiva, é interessante se manter atualizado com as tendências de mercado. Esse movimento ajuda a identificar oportunidades, especialmente, para receber mais dividendos.
O acompanhamento do mercado segue a mesma lógica da análise e do estudo sobre os ativos disponíveis. Com esse hábito, é possível planejar os próximos passos para a sua vida financeira — o que inclui a compra de mais ativos que atendam aos seus objetivos financeiros.
Outro ponto interessante é que você poderá se antecipar a determinados cenários. Se você identificar situações de risco para a carteira, será possível se adiantar e desenhar estratégias mais eficientes de proteção — minimizando eventuais impactos em seus resultados.
É possível receber dividendos mensais?
Como você aprendeu, é possível viver de dividendos se você tiver uma estratégia sólida, mantiver o foco no longo prazo e realizar movimentações com consistência. No entanto, receber dividendos mensais, especialmente no início do planejamento, pode ser mais desafiador.
É preciso ter em mente que não existem garantias e cada instituição tem o próprio calendário de pagamento. Em vista disso, a diversificação dos investimentos pode ser uma boa prática para receber dividendos mensais. Aqui, a intenção é aproveitar os diferentes calendários de pagamento de proventos.
Por exemplo, se uma empresa da sua carteira tem política de pagamento trimestral de dividendos quando registra lucro líquido, você pode buscar outras que sigam calendários distintos de repasse. Assim, nos meses em que um ativo não distribuir dividendos, você poderá receber proventos de outro.
Os Fundos Imobiliários também podem auxiliar no recebimento de dividendos mensais — principalmente pela regra de fazerem distribuições semestrais. Contudo, é pertinente destacar que os investimentos que geram dividendos são de renda variável.
Então, mesmo elaborando estratégias sólidas, ainda há chances de você não receber recursos conforme o planejado. Se as empresas ou fundos não registrarem boas performances ou optem por reinvestir os lucros, por exemplo, o pagamento pode não acontecer.
Quais os outros tipos de proventos que você pode receber?
Após conhecer melhor os dividendos, vale saber que há a chance de receber outros tipos de proventos no mercado financeiro. Eles também podem servir para melhorar seus resultados, mas apresentam funcionamentos diferentes.
Saiba mais sobre eles!
Juros sobre capital próprio
Os juros sobre capital próprio (JCP) também são proventos distribuídos pelas companhias, sendo que o pagamento é feito em dinheiro na conta do investidor. Logo, eles podem servir para criar fontes de renda passiva, assim como os dividendos.
No entanto, apesar das similaridades, os juros sobre capital próprio não entram na categoria de pagamentos obrigatórios da empresa. Isto acontece porque existe uma distinção contábil relevante entre dividendos e JCP.
Os juros sobre capital próprio funcionam como uma despesa para a companhia que realiza a distribuição. Então, eles servem para diminuir a base de cálculo da organização para a cobrança de tributos.
Por esse motivo, o JCP é um provento tributado pelo IR. O recolhimento da alíquota de 15% ocorre diretamente na fonte, fazendo com que você receba a quantia já com os descontos.
Bonificação
A bonificação de Ações é outro provento utilizado por empresas para remunerar os investidores. Apesar de ser uma forma de gratificar, ela não é obrigatória, funcionando como um pagamento extra para os acionistas.
Como o nome explica, ela representa o pagamento de novas ações para os investidores, sem que eles precisem pagar pelos novos ativos. Isto significa que, diferentemente do que acontece com os dividendos e o JCP, a bonificação não é paga em dinheiro.
Normalmente, esse compartilhamento de papéis ocorre se existe uma sobra de lucro, estando a empresa em um momento favorável à operação. Dessa maneira, ela pode optar por recompensar os seus acionistas.
Direitos de subscrição
O direito de subscrição é um provento para os investidores que já são acionistas de uma determinada empresa ou cotistas de um FII. Eles asseguram a preferência na hora de comprar ativos em uma nova oferta pública no mercado primário.
Imagine que você investiu o suficiente para ter 5% de uma determinada companhia. Esta, por sua vez, decide lançar mais Ações na bolsa de valores. Com esse movimento, a sua participação seria diluída, já que mais ações estariam disponíveis no mercado.
Nesse cenário, os acionistas recebem os direitos de subscrição, que oferecem a chance de comprar mais ações, antes mesmo de elas chegarem à bolsa de valores. Assim, há como escolher se você deseja adquirir mais papéis, mantendo a participação, ou não.
Entretanto, você só pode obter a quantidade máxima de Ações para manter a participação acionária anterior. Se você quiser aumentar a sua posição, será preciso comprar mais Ações quando elas forem lançadas para todo o mercado.
Ademais, como esses são direitos, cabe a você decidir se deseja exercê-los ou não. Se você receber direitos de subscrição e não quiser manter sua participação, também há a possibilidade de negociar esses proventos com outros investidores do mercado.
Chegando até aqui, você aprendeu o que são dividendos e que eles podem servir como fontes passivas de renda. Ao criar uma estratégia bem-sucedida para receber esses proventos, você poderá até mesmo alcançar a sua independência financeira.
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Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância ao risco (Suitability).
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